Assim como o prazer de velejar em solitário, a bordo de um veleiro navegando com vento fraco e constante na Bahia da Guanabara; está o fazer das miniaturas de barcos em garrafas. Este fazer, assim como o velejar em solitário, nos permite o encontro com nós mesmos; momento este cada vez mais difícil em nossa sociedade.
É comum em uma roda de conversa com os amigos, surgirem algumas colocações: - Como você faz isso?, - Isso dá muito trabalho!, - Quanto tempo você leva para fazer uma miniatura?, - Você corta a garrafa?, - Onde você aprendeu?; e assim vão surgindo as questões... Na realidade, essas questões colocadas traduzem um certo “espanto” causado por este fazer. É como se dissessem... - Como pode alguém, hoje em dia, conseguir ser tão paciente e persistente a ponto de construir um modelo que seja capaz de ser introduzido em uma garrafa pelo gargalo?! Não quero aqui também afirmar que se trata de algo totalmente fácil e irrisório a ser feito. Tenho certeza de que essa prática poderá ser aprendida e que dependerá do interessado buscar virtudes como: paciência, persistência, criatividade; necessárias a este trabalho.
Certa vez, trabalhando com usuários com transtorno mental em uma oficina terapêutica no Centro de Atenção Psicossocial – CAPS; sugeri a construção de um modelo de veleiro para uma garrafa. Os usuários se interessaram muito pela idéia e possibilidade de construção desta peça. Trabalhamos em alguns encontros mostrando como construiriam o modelo sugerido. Após a construção da miniatura os usuários conseguiram introduzi-la na garrafa.
Deixo aqui mais uma vez meu registro de que este fazer é altamente prazeroso. Aqui no Brasil, esta prática é conhecida, porém está muito aquém de outros países; onde não só é conhecida como também praticada.
Fica aqui um convite para que em nossas velejadas em solitário, lembremo-nos do fazer das miniaturas de barcos em garrafas e quem sabe, não nos sensibilizemos a praticá-lo?!
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Sailing to Iceland, Erik Aanderaa
Há 2 dias
Concordo com você, de facto muito do que fazemos também é um reencontro pessoal.
ResponderExcluirUm abraço
Sergio, adorei!
ResponderExcluirJá havia visto essa arte, mas te confesso que não cria muito, pois me parece algo muito fantástico para ser feito.
PARABÉNS!!!
BEIJOS,
DELIANE
Fico feliz por ter gostado...
ResponderExcluirBeijos.
Sergio Nunes
O trabalho que se desenvolve no Centro de Atenção Psicossocial – CAPS é muito similar ao que vc aborda no seu texto. Interessante ver, as junções do fazer (físico) ao recompor (mental).
ResponderExcluirEu admiro a arte manual, seja qual ela for. Mas confesso a minha total impaciência diante do minúsculo/detalhe.É uma luta! Porém, na prosa, sou a calmaria.
Vou pensar, para os próximos dias, lidar com o que me desafia. Seu post trouxe este chamado.
Que bom! Se admiras a arte manual; já tens uma predisposição para se aproximar desse trabalho; que é apaixonante.
ResponderExcluirUm abraço.
Sergio Nunes
Olá Sérgio !!!
ResponderExcluirMuito boa a sua postagem, além de trazer informações sobre este belíssimo trabalho, seu relato é muito convidativo !!
Obrigada por compartilhar conosco estas experiências !!
Um enorme abraço e que 2011 venha cheio de felicidades para você e seus familiares !!
Oi Samanta
ResponderExcluirQue bom que tenha gostado. Faço esse trabalho com muito carinho.
Desejo também a você e sua família um Feliz Ano Novo!!
Sergio Nunes
Olá Sérgio !!!
ResponderExcluirBoa noite!
Com foi bom ter te encontrado neste mundo virtual, há muito tempo tenho sonhado em realizar este tipo de trabalho manual.Já adquiri todo o tipo de ferramenta para a realização deste sonho mas tenho uma grande dúvida. A massa que representa o mar, ela é colocada juntamente com uma cola para sua fixação. Ao colocar o barco, também se coloca a cola para prender o barco e também quando se puxa a linha dos mastros como e que finalizamos a amarração e o corte das sobras pois os mesmos estão dentro do gargalo e vejo dificuldades.
Gostaria que você fosse meu ajudador e amigo.
Abraços!!
fabio.rodrigues.de.sousa@hotmail.com
Olá Fábio
ExcluirDesculpe pela demora em te responder; não recebi a notificação de seu comentário.
Que bom ter interesse pelas miniaturas de barcos em garrafas.
Com certeza navegaremos juntos nessa arte.
Um abraço.
Sergio Nunes