quinta-feira, 12 de agosto de 2010

O Velejar em Solitário e o fazer das Miniaturas de Barcos em Garrafas

Assim como o prazer de  velejar em solitário, a bordo de um veleiro navegando com  vento fraco e constante na Bahia da Guanabara; está o fazer das miniaturas de barcos em garrafas. Este fazer, assim como o velejar em solitário, nos permite o encontro com nós mesmos; momento este cada vez mais difícil em nossa sociedade. 


É comum em uma roda de conversa com os amigos, surgirem algumas colocações: - Como você faz isso?, - Isso dá muito trabalho!, - Quanto tempo você leva para fazer uma miniatura?, - Você corta a garrafa?, - Onde você aprendeu?; e assim vão surgindo as questões... Na realidade, essas questões colocadas traduzem um certo “espanto” causado por este fazer.  É como se dissessem...  - Como pode alguém, hoje em dia, conseguir ser  tão paciente e persistente a ponto de construir um modelo que seja capaz de ser introduzido em uma garrafa pelo gargalo?!  Não quero aqui também afirmar que se trata de algo totalmente fácil e irrisório a ser feito. Tenho certeza de que essa  prática poderá ser aprendida e que dependerá do interessado  buscar  virtudes como:   paciência,  persistência,  criatividade; necessárias a este trabalho.


Certa vez, trabalhando com usuários com transtorno mental em uma oficina terapêutica no Centro de Atenção Psicossocial – CAPS; sugeri a construção de um modelo de veleiro para uma garrafa. Os usuários se interessaram muito pela idéia e possibilidade de construção desta peça. Trabalhamos em alguns encontros mostrando como construiriam o modelo sugerido. Após a construção da miniatura os usuários conseguiram introduzi-la na garrafa.
Deixo aqui mais uma vez meu registro de que este fazer é altamente prazeroso. Aqui no Brasil, esta prática é conhecida, porém está muito aquém de outros países; onde não só é conhecida como também praticada.


Fica aqui um convite para que em nossas velejadas em solitário, lembremo-nos do fazer das miniaturas de barcos em garrafas e quem sabe, não nos sensibilizemos a praticá-lo?!  

Participe. Deixe seu comentário!!! 

9 comentários:

  1. Concordo com você, de facto muito do que fazemos também é um reencontro pessoal.

    Um abraço

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  2. Sergio, adorei!
    Já havia visto essa arte, mas te confesso que não cria muito, pois me parece algo muito fantástico para ser feito.
    PARABÉNS!!!
    BEIJOS,
    DELIANE

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  3. Fico feliz por ter gostado...

    Beijos.

    Sergio Nunes

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  4. O trabalho que se desenvolve no Centro de Atenção Psicossocial – CAPS é muito similar ao que vc aborda no seu texto. Interessante ver, as junções do fazer (físico) ao recompor (mental).

    Eu admiro a arte manual, seja qual ela for. Mas confesso a minha total impaciência diante do minúsculo/detalhe.É uma luta! Porém, na prosa, sou a calmaria.

    Vou pensar, para os próximos dias, lidar com o que me desafia. Seu post trouxe este chamado.

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  5. Que bom! Se admiras a arte manual; já tens uma predisposição para se aproximar desse trabalho; que é apaixonante.

    Um abraço.

    Sergio Nunes

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  6. Olá Sérgio !!!

    Muito boa a sua postagem, além de trazer informações sobre este belíssimo trabalho, seu relato é muito convidativo !!
    Obrigada por compartilhar conosco estas experiências !!
    Um enorme abraço e que 2011 venha cheio de felicidades para você e seus familiares !!

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  7. Oi Samanta

    Que bom que tenha gostado. Faço esse trabalho com muito carinho.

    Desejo também a você e sua família um Feliz Ano Novo!!

    Sergio Nunes

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  8. Olá Sérgio !!!
    Boa noite!
    Com foi bom ter te encontrado neste mundo virtual, há muito tempo tenho sonhado em realizar este tipo de trabalho manual.Já adquiri todo o tipo de ferramenta para a realização deste sonho mas tenho uma grande dúvida. A massa que representa o mar, ela é colocada juntamente com uma cola para sua fixação. Ao colocar o barco, também se coloca a cola para prender o barco e também quando se puxa a linha dos mastros como e que finalizamos a amarração e o corte das sobras pois os mesmos estão dentro do gargalo e vejo dificuldades.
    Gostaria que você fosse meu ajudador e amigo.
    Abraços!!
    fabio.rodrigues.de.sousa@hotmail.com

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    Respostas
    1. Olá Fábio

      Desculpe pela demora em te responder; não recebi a notificação de seu comentário.

      Que bom ter interesse pelas miniaturas de barcos em garrafas.

      Com certeza navegaremos juntos nessa arte.

      Um abraço.

      Sergio Nunes

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